06/11/2017

Temas para meditar

A força do Silêncio, 19 

O silêncio interior é o fim dos julgamentos, das paixões e dos desejos.
Quando tivermos adquirido o silêncio interior, poderemos transportá-lo connosco para o mundo e rezar em qualquer lugar.
Mas, tal como o ascetismo não pode ser obtido sem mortificações concretas, é absurdo falar de silêncio interior sem silêncio exterior.

Há no silêncio uma exigência para cada um de nós.
O homem domina o tempo da acção quando sabe entrar no silêncio.
A vida de silêncio deve saber preceder a vida activa.



CARDEAL ROBERT SARAH

Hoy el reto del amor es pedirle a Cristo un corazón de niño

LA REDENCIÓN DE LA CALABAZA

¿Te han dado calabazas alguna vez? ¿Has dado calabazas tú a alguien?

Lo miremos por donde lo miremos, este fruto otoñal ha terminado bastante mal parado en las expresiones...

"¿Y esto a qué viene?", te preguntarás... Pues que ayer estábamos de cocina y, literalmente, "nos dieron calabazas". Bueno, en realidad sólo nos dieron una que había traído la madre de Joane, pero tan grande que contaba por 5...

En estas reflexiones calabaciles estábamos cuando, de pronto, ocurrió algo terrible: a Lety le llamaron por teléfono y nos dejó solas en la cocina. Lamentable error.

Todo comenzó con un "aro de calabaza" que nos valía perfectamente como aureola. En ese momento, descubrimos que podía ser que las calabazas sirviesen para más cosas que para dar plantón a alguien... ¡y nos pusimos a investigarlo!

Empezamos con cosas sencillas, como transformar la base en un cuenco, o convertir dos "aros" en gigantescos pendientes... La cosa fue tomando consistencia cuando logramos un estupendo casco con penacho incluido...

-¿Pero me lo tengo que poner en el pelo? -preguntaba algo dudosa Celia.

-¡Mujer! ¡Te va a quedar un "cabello de ángel" realmente celestial! (tranquilo, le pusimos papel albal primero...)

El culmen llegó con el "coche" de Israel, al que no le faltaba la palanca de marchas... y la pobre Joane, encadenada a base de calabaza...

Nos reímos un montón porque el Señor nos demostró que, con Él... ¡todo puede ser más de lo que parece!

Hoy Cristo te regala un nuevo día, y quiere vivirlo contigo. Puede que, por fuera, veas la rutina de otro jueves... una triste calabaza como tantas otras... ¡Pero Jesucristo hace nuevas todas las cosas! Él desea hacerte feliz... ¡en las cosas más cotidianas! Si una calabaza puede dar tanto de sí, ¡imagina lo que hará Cristo con tu día!

Hoy el reto del amor es pedirle a Cristo un corazón de niño, un corazón que disfrute de cada momento. Empieza el día de su mano... ¡y déjate sorprender! Y hoy pídele al Señor poder hacer sonreír a alguien. ¡Feliz día!

¡Ah, por cierto! ¿Sabes qué es lo mejor? Fuimos haciendo fotos para poder explicarle a Lety por qué aún no habíamos terminado de preparar el puré... Ahora sí, ¡ya puedes disfrutar contagiando tu sonrisa!


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Leitura espiritual

São Josemaria Escrivá

CRISTO QUE PASSA

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Para servir, servir

Para viver assim, para santificar a profissão, é necessário, primeiro que tudo, trabalhar bem, com seriedade humana e sobrenatural. Quero recordar-vos agora, por contraste, o que conta um dos antigos relatos dos evangelhos apócrifos: O Pai de Jesus, que era carpinteiro, fazia arados e jugos.
Uma vez - continua a narração - foi-lhe encomendada uma cama, por certa pessoa de boa posição. Mas aconteceu que um dos varais era mais curto que o outro, pelo que José não sabia o que fazer.
Então o Menino Jesus disse ao seu Pai: põe os dois paus no chão e acerta-os por uma extremidade.
Assim fez José. Jesus põe-se do outro lado, pegou no varal mais curto e esticou-o, deixando-o tão comprido como o outro.
José, seu Pai, ficou cheio de admiração ao ver o prodígio e encheu o Menino de abraços e beijos dizendo: ditoso de mim, porque Deus me deu este Menino

José, não daria graças a Deus por estes motivos; o seu trabalho não podia ser assim. S. José não é o homem das soluções fáceis e milagreiras, mas o homem da perseverança, do esforço e, quando é necessário, do engenho.
O cristão sabe que Deus faz milagres; que os realizou há séculos, que continuou a fazê-los depois e que continua a fazê-los agora, porque non est abbreviata manus Domini, não diminuiu o poder de Deus.

Mas os milagres são uma manifestação da omnipotência salvadora de Deus, e não um expediente para resolver as consequências da inépcia ou para facilitar o nosso comodismo.
O milagre que o Senhor vos pede é a perseverança na nossa vocação cristã e divina, a santificação do trabalho de cada dia: o milagre de converter a prosa diária em decassílabos, em verso heróico, pelo amor com que realizais a vossa ocupação habitual.
Aí vos espera Deus para que sejais almas com sentido de responsabilidade, com zelo apostólico, com competência profissional.

Assim, como lema para o vosso trabalho, posso indicar-vos este: para servir, servir.
Porque para fazer as coisas, é necessário, em primeiro lugar, saber concluí-las.
Não acredito na rectidão da intenção de quem não se esforça por conseguir a competência necessária para cumprir bem os trabalhos de que está encarregado.
Não basta querer fazer o bem; é preciso saber fazê-lo.
E, se queremos realmente, esse desejo traduzir-se-á no empenho por utilizar os meios adequados para fazer as coisas bem acabadas, com perfeição humana.

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Além disso, esse serviço humano, essa capacidade a que poderíamos chamar técnica, saber realizar o nosso ofício, deve ter uma característica que foi fundamental no trabalho de S. José e que devia ser fundamental em todo o cristão: o espírito de serviço, o desejo de trabalhar para contribuir para o bem dos outros homens.
O trabalho de S. José não foi um trabalho que visasse a auto-afirmação, embora a dedicação de uma vida laboriosa tenha forjado nele uma personalidade madura, bem delineada.
O Santo Patriarca trabalhava com a consciência de cumprir a vontade de Deus, pensando no bem dos seus, Jesus e Maria, e tendo presente o bem de todos os habitantes da pequena Nazaré.

Em Nazaré José era um dos poucos artesãos da terra, se não era o único.
Possivelmente, carpinteiro.
E, como é costume nas pequenas povoações, também era capaz de fazer outras coisas: pôr a funcionar um moinho que não funcionava ou arranjar, antes do inverno, as fendas de um tecto.
José tirava muita gente de apuros, certamente com um trabalho bem acabado.

O seu trabalho profissional era uma ocupação orientada para o serviço, para tornar agradável a vida das outras famílias da aldeia, acompanhada de um sorriso, de uma palavra amável, de um comentário feito como que de passagem, mas que devolve a fé e a alegria a quem está a ponto de perdê-las.

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Às vezes, quando se tratava de pessoas mais pobres do que ele, José trabalharia aceitando alguma coisa de pouco valor, que deixava a outra pessoa com a satisfação de pensar que tinha pago.
Normalmente José cobraria o que fosse razoável; nem mais nem menos.
Saberia exigir o que em justiça lhe era devido, já que a fidelidade a Deus não significa renúncia a direitos que na realidade são deveres; S. José tinha de exigir o que era justo, porque tinha de sustentar a família que Deus lhe tinha confiado, com a recompensa desse trabalho.

A exigência dos nossos direitos não deve ser fruto de um egoísmo individualista.
Não se ama a justiça se não se deseja vê-la também cumprida para com os outros.
Como também não é lícito encerrar-se numa religiosidade cómoda, esquecendo as necessidades dos outros.
Quem deseja ser justo aos olhos de Deus também se esforça para que a justiça se realize de facto entre os homens.
E não apenas pelo bom motivo de que o nome de Deus não seja injuriado, mas porque ser cristão significa captar e corresponder a todos os anseios nobres do homem.
Parafraseando um texto conhecido, do Apóstolo S. João, pode-se dizer que mente quem afirma que é justo com Deus mas não é justo com os outros homens; e a verdade não habita nele.

Como todos os cristãos que viveram aquele momento, recebi com emoção e alegria a decisão de festejar a festa litúrgica de S. José Operário.
Esta festa, que é uma canonização do valor divino do trabalho, mostra como a Igreja, na sua vida colectiva e pública, se fez eco das verdades centrais do Evangelho, que Deus quer que sejam especialmente meditadas nesta nossa época.

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Já falámos muito deste tema noutras ocasiões, mas permiti-me insistir de novo na naturalidade e na simplicidade da vida de S. José, que não se distinguia da dos seus vizinhos nem levantava barreiras desnecessárias.

Por isso, ainda que possa ser conveniente nalguns momentos ou em algumas situações, habitualmente não gosto de falar de operários católicos, de engenheiros católicos, de médicos católicos, etc., como se se tratasse de uma espécie dentro dum género, como se os católicos formassem um grupinho separado dos outros, dando assim a sensação de que existe um fosso entre os cristãos e o resto da humanidade.
Respeito a opinião oposta, mas penso que é muito mais correcto falar de operários que são católicos, ou de católicos que são operários; de engenheiros que são católicos ou de católicos que são engenheiros. Porque o homem que tem fé e exerce uma profissão intelectual, técnica ou manual, está e sente-se unido aos outros, igual aos outros, com os mesmos direitos e obrigações, com o mesmo desejo de melhorar, com o mesmo empenho de se enfrentar com os problemas comuns e de lhes encontrar a solução.

O católico, assumindo tudo isto, saberá fazer da sua vida diária um testemunho de Fé, de Esperança e de Caridade; testemunho simples, normal, sem necessidade de manifestações aparatosas, pondo de manifesto - com a coerência da sua vida - a presença constante da Igreja no mundo, visto que todos os católicos são, eles mesmos, Igreja, pois são membros, com pleno direito, do único Povo de Deus.

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As relações entre José e Jesus

Há bastante tempo que gosto de recitar uma comovedora invocação a S. José, que a própria Igreja nos oferece entre as orações preparatória da Missa: José, varão bem-aventurado e feliz, ao qual foi concedido ver e ouvir a Deus, a Quem muitos reis quiseram ver e ouvir e não viram nem ouviram; e não só vê-Lo e ouvi-Lo mas trazê-Lo nos braços, beijá-Lo, vesti-Lo e guardá-Lo: rogai por nós.
Esta oração servir-nos-á para entrar no último tema que hoje vou tocar: a convivência íntima e carinhosa de José com Jesus.

Para S. José, a vida de Jesus foi uma contínua descoberta da sua vocação.
Recordámos acima aqueles primeiros anos cheios de circunstâncias aparentemente contraditórias: glorificação e fuga, majestade dos magos e pobreza da gruta, canto dos Anjos e silêncio dos homens. Quando chega o momento de apresentar o Menino no Templo, José, que leva a modesta oferenda de um par de rolas, vê como Simeão e Ana proclamam que Jesus é o Messias.
Seu pai e sua mãe ouviram com admiração, diz S. Lucas.
Mais tarde, quando o Menino fica no templo sem que Maria e José o saibam, ao encontrá-Lo de novo depois de O procurarem três dias, o mesmo evangelista narra que se maravilharam.

José surpreende-se, José admira-se.
Deus vai-lhe revelando os seus desígnios e ele esforça-se por compreendê-los.
Como toda a alma que quer seguir de perto Jesus, descobre logo que não é possível andar com passo ronceiro, que não pode viver da rotina.
Porque Deus não se conforma com a estabilidade num nível conseguido, com o descanso no que já se tem. Deus exige continuamente mais e os seus caminhos não são os nossos caminhos humanos.
S. José, como nenhum outro homem antes ou depois dele, aprendeu de Jesus a estar atento para conhecer as maravilhas de Deus, a ter a alma e o coração abertos.


(cont)

Santo, sem oração?

Se não procuras a intimidade com Cristo na oração e no Pão, como podes dá-Lo a conhecer? (Caminho, 105)

Escreveste-me e compreendo-te: "Faço todos os dias o meu 'bocadinho' de oração. Se não fosse isso!...". (Caminho, 106)

Santo, sem oração?!... – Não acredito nessa santidade. (Caminho, 107)

Dir-te-ei, plagiando a frase de um autor estrangeiro, que a tua vida de apóstolo vale o que valer a tua oração. (Caminho, 108)

Desejo que o teu comportamento seja como o de Pedro e o de João: que leves à tua oração, para falar com Jesus, as necessidades dos teus amigos, dos teus colegas... e que depois, com o teu exemplo, possas dizer-lhes "Respice in nos!" – Olhai para mim! (Forja, 36)

O Evangelista S. Lucas conta que Jesus estava a orar... Como seria a oração de Jesus!

Contempla devagar esta realidade: os discípulos têm intimidade com Jesus e, nessas conversas, Nosso Senhor ensina-lhes – também com as obras – como hão-de rezar, e o grande portento da misericórdia divina: que somos filhos de Deus e que podemos dirigir-nos a Ele, como um filho fala com o Pai. (Forja, 71)

Ao acometer cada jornada para trabalhar junto de Cristo e atender tantas almas que o procuram, convence-te de que não há mais do que um caminho: recorrer a Nosso Senhor.


Somente na oração e com a oração aprendemos a servir os outros! (Forja, 72)

Reflectindo

Confissões – 5 [i]

Falhas

Como se fosse alguém especial, quero-me ao abrigo de qualquer crítica que, no mínimo será sempre imerecida.

Continuo a fazer planos, mas também continuo a não estar preparado para que, por qualquer razão, não se cumpram.

Tenho de oferecer estes contratempos em lugar de "moer" um mal-estar, um desconforto interior.

Falho porque sou humano!

(AMA, reflexões, 2017)


[i] [i] Completados setenta e sete anos de vida - duas semanas - resolvo-me a um exame tentando empenhadamente encontrar o que urge corrigir, alterar, emendar.
Sem fantasias, mas com humildade e sentido prático, não o que deveria e gostaria de fazer, mas, antes o que posso.
Sobretudo tendo a noção que por mim mesmo nada conseguirei, mas com a Tua ajuda sim. Então poderei amar-te mais é melhor.

Diálogos apostólicos

O JUÍZO PARTICULAR E FINAL – 1 

Pergunto:

O que é o juízo particular? 

Respondo:


Imediatamente depois da morte tem lugar o juízo particular, onde cada alma recebe o prémio ou o castigo que as suas obras merecem. E dirige-se para o céu ou o inferno. Ou talvez para o purgatório por algum tempo.

Bento XVI – Pensamentos espirituais 163

Jesus e a Igreja

Não existe nenhuma contraposição entre Cristo e a Igreja.

Portanto, aquele slogan «Jesus sim, Igreja não», que estava na moda há alguns anos, é totalmente inconciliável com a intenção de Cristo.

Entre o Filho de Deus feito carne e a sua Igreja existe uma continuidade profunda, inquebrável e misteriosa por força da qual Cristo está hoje presente no seu povo e especialmente naqueles que são os sucessores dos Apóstolos.

Catequese da audiência geral, (15.Mar.06)

 (in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Evangelho e comentário

Tempo Comum

São Nuno de Santa Maria

Evangelho: Lc 14, 12-14

12 Disse, depois, a quem o tinha convidado: «Quando deres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem os teus vizinhos ricos; não vão eles também convidar-te, por sua vez, e assim retribuir-te. 13 Quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. 14 E serás feliz por eles não terem com que te retribuir; ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos.»

Comentário:

A Liturgia escolhe para este dia em que celebramos São Nuno de Santa Maria, um trecho de São Lucas que se aplica como “uma luva” ao insigne Santo português.

Um homem que teve, na sua longa vida, cargos importantes, fortuna considerável, honrarias de toda a ordem e que deixa tudo para se entregar ao serviço dos outros, dos mais pobres, marginalizados e ignorados pela sociedade.

O Condestável honrado e glorioso afasta-se do mundo e transforma-se num simples monge sem qualquer regalia – diz a tradição que seria o porteiro do Convento do Carmo que ele próprio fundara.

Terá, seguramente, recebido o prémio que, neste Evangelho, Jesus promete.


(AMA, comentário sobre Lc 14, 12-14, 18.07.2017)