18/11/2017

Deus conduz-nos sem pausas

Enquanto houver luta, luta ascética, há vida interior. Isso é o que o Senhor nos pede: a vontade de querer amá-Lo com obras, nas coisas pequenas de cada dia. Se venceste no pequeno, vencerás no grande. (Via Sacra, 3ª Estação, n. 2)

Devo prevenir-vos contra uma artimanha de que Satanás – ele nunca tira férias! – não desdenha servir-se para nos arrancar a paz. Talvez em algum instante se insinue a dúvida, a tentação de pensar que se retrocede lamentavelmente ou de que mal se avança; até ganha força a convicção de que, apesar do empenho por melhorar, se piora. Garanto-vos que, em regra, esse juízo pessimista só reflecte uma falsa ilusão, um engano que convém repelir. (…) Lembrai-vos de que a Providência de Deus nos conduz sem pausas e não regateia o seu auxílio – com milagres portentosos e com milagres pequenos – para fazer progredir os seus filhos.

Militia est vita hominis super terram, et sicut dies mercenarii, dies eius, a vida do homem sobre a terra é milícia e os seus dias decorrem com o peso do trabalho. Ninguém escapa a este imperativo; nem os comodistas que põem resistência em aceitá-lo: desertam das fileiras de Cristo e afadigam-se noutras contendas para satisfazerem a sua preguiça, a sua vaidade, as suas ambições mesquinhas; são escravos dos seus caprichos. (...)


Renovai todas as manhãs com um serviam decidido – servir-te-ei, Senhor! – o propósito de não ceder, de não cair na preguiça ou na apatia, de enfrentar as tarefas com mais esperança, com mais optimismo, persuadidos de que, se sairmos vencidos em alguma escaramuça, poderemos superar esse desaire com um acto de amor sincero. (Amigos de Deus, 217)

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Lc 18, 1-8

1 Depois, disse-lhes uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer: 2 «Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. 3 Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário.’ 4 Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: ‘Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens, 5 contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.’» 6 E o Senhor continuou: «Reparai no que diz este juiz iníquo. 7 E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e há-de fazê-los esperar? 8 Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente. Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?»

Comentário:
                        

O exemplo que o Senhor dá nesta parábola não precisa de explicação, qualquer um sabe muito bem que a perseverança é a “chave” para se conseguir o que se pretende.

O que pretendem, pois, os cristãos? Qual é a sua principal e primeira preocupação, o seu objectivo último?

Evidentemente, a Salvação Eterna!

Então…


(AMA, comentário sobre Lc 18, 1-8, 28.07.2017)

Temas para meditar

A força do Silêncio, 33

Hoje em dia, muitas pessoas estão inebriadas de palavras, sempre agitadas, incapazes de silêncio e de respeito pelos outros.
Bem Sira, o Sábio, recomenda amiúde a sobriedade, a prudência e as boas maneiras quando estamos em sociedade.
Para não ferirmos a nossa alma e as dos outros, para que na nossa conduta e nas nossas palavras nada nos leve a cair gravemente, é preciso medida e contenção.
E inquieta particularmente a nossa atitude quando estamos à mesa: «Alegria do coração e júbilo da alma é o vinho, bebido a seu tempo e moderadamente.
O vinho é a amargura da alma quando bebido em demasia e na efervescência da paixão. A embriaguez aumenta o furor do insensato para a sua perda, diminui as forças e aumenta as feridas [i]. (…)

Para evitar a queda, é preciso manter o silêncio e confiar na sabedoria, nas inspirações e na acção silenciosa de Deus. (…)

É preciso não «ultrajar o espírito da graça».

A conquista do silêncio possui o valor amargo das lutas ascéticas, mas Deus quis que esse combate fosse acessível ao homem.

CARDEAL ROBERT SARAH




[i] Sir 31, 28-30

Hoy el reto del Amor es acoger al que viene a ti.

LIBRE


Debajo del hábito llevamos unas cuantas capas de prendas, pero hay una fundamental: la saya. Es como una especie de falda blanca, de lana en invierno y finita en verano, que es donde van a parar nuestros bolsillos. Que más que bolsillos...¡podríamos decir que son alforjas!


En el bolsillo de una monja puedes encontrar de todo: un Cristo, un rosario, pañuelos... y siempre encuentras cosas que te has guardado en algún momento del día, pero que se te olvidó sacarlas después.


Ayer, introduje mi mano en el bolsillo para sacar alguna de estas cosas cuando, de repente, noté un elemento extraño. ¿Qué era aquello? ¡Un chicle! No me lo podía creer... Me sentó tan mal, que hasta se me olvidó lo que andaba buscando. Ya sólo hacia que dar vueltas con la mano para ver en qué  había quedado aquel estirado elemento.


Y lo cierto es que sí que había hecho estragos: un poco en el rosario, un poco en algún papel que tenía... y lo peor... pegado a la tela.


La verdad es que al principio pasé unos minutos razonando cómo había llegado ese chicle hasta ahí... hasta que, al final, opté por reírme de mí misma. 'Qué "desastrito" soy', pensé, pero con un cariño que no podía venir de mí misma.


Cuando me vi riéndome de mi pobreza, le pregunté al Señor: '¿Qué me ha llevado a sentirme libre para reírme de mí misma?' Sí, porque me surgía un deseo muy fuerte de poder reírme igual en muchas otras situaciones.


Y Él me fue regalando ver que, si me acerco a una hermana para que me ayude con el chicle, lo hará de mil amores y se reirá conmigo. Lejos de decirme que soy un desastre, sé con seguridad que me acogerá, estoy plenamente convencida de ello, porque ya me ha ocurrido muchas otras veces con otras cosas.


El Señor me mostró qué importante es acoger al otro cuando viene a ti. Porque, si cuando vas a alguien, te machaca por tu error, te quedas culpabilizado y seguramente no le vuelvas a compartir muchas más veces...


Cuando nosotros caemos, del Señor sólo experimentamos Amor, acogida, perdón y fuerza para continuar.


Él se ríe con nosotros cuando se trata de estas chapuzas; nos desculpabiliza cuando le miramos de nuevo a Él tras meter la pata con alguien; nos Ama siempre, nos ama pobres y nos levanta siempre con su Resurrección.


Pero después nos invita: "Anda, ve y haz tú lo mismo". Y es que, cuando acoges al que viene a ti a pedir tu ayuda o a compartirte pobremente lo que le ocurre, la persona se siente libre, se siente amada y sabrá que tiene a alguien delante que no le juzga, sino que le quiere.


Hoy el reto del Amor es acoger al que viene a ti. Cada día son miles las ocasiones para acoger a los demás: con esas sencillas disculpas por su mal humor mañanero, o cuando te vienen a contar sus problemas, o su dificultad para acertar con alguien. Hoy libera a las personas del miedo a su propia pobreza. Cristo es quien lo ha hecho y quien hará posible que hoy puedas hacerlo tú con los demás. El Amor es liberador.



VIVE DE CRISTO