03/02/2018

Apoiar-vos-eis uns aos outros

Se souberes querer aos outros e difundir, entre todos, esse carinho – caridade de Cristo, fina, delicada –, apoiar-vos-eis uns aos outros, e o que for a cair sentir-se-á amparado – e urgido – com essa fortaleza fraterna, para ser fiel a Deus. (Forja, 148)

Chega a plenitude dos tempos e, para cumprir essa missão, não aparece um génio filosófico, como Sócrates ou Platão; não se instala na terra um conquistador poderoso, como Alexandre Magno. Nasce um Menino em Belém. É o Redentor do mundo; mas, antes de começar a falar, demonstra o seu amor com obras. Não é portador de nenhuma fórmula mágica, porque sabe que a salvação que nos traz há-de passar pelo coração do homem. As suas primeiras acções são risos e choros de criança, o sono inerme de um Deus humanado; para que fiquemos tomados de amor, para que saibamos acolhê-Lo nos nossos braços.

Uma vez mais consciencializamos que isto é que é o Cristianismo. Se o cristão não ama com obras, fracassa como cristão, o que significa fracassar também como pessoa. Não podes pensar nos outros homens como se fossem números, ou degraus para tu subires; como se fossem massa, para ser exaltada ou humilhada, adulada ou desprezada, conforme os casos. Tens de pensar nos outros – antes de mais, nos que estão ao teu lado – vendo neles o que na verdade são: filhos de Deus, com toda a dignidade que esse título maravilhoso lhes confere.


Com os filhos de Deus, temos de comportar-nos como filhos de Deus: o nosso amor há-de ser abnegado, diário, tecido de mil e um pormenores de compreensão, de sacrifício calado, de entrega silenciosa. Este é o bonus odor Christi que arrancava uma exclamação aos que conviviam com os primeiros cristãos: Vede como se amam! (Cristo que passa, 36)

Temas para meditar e reflectir

Como posso ser melhor?


Em primeiro lugar tenho de identificar o ponto mais fraco da minha personalidade, do meu carácter, do meu comportamento.

Sim, começar pelo principal porque, vencido este, talvez desapareçam muitos dos outros.

O defeito principal tem sempre consequências alargadas.

Por exemplo a preguiça impede cumprir em tempo o que se deve fazer.
A tristeza predispõe para o amor-próprio, e assim por diante.

Evidentemente que não devemos cair em "generalidades", como, por exemplo, a humildade, porque tal será contrário que se pretende: identificar o defeito principal, e combatê-lo.



(ama, reflexões, 03.12.2016)

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Evangelho: Mc 6, 30-34

30 Os Apóstolos reuniram-se a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado. 31 Disse-lhes, então: «Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto e descansai um pouco.» Porque eram tantos os que iam e vinham, que nem tinham tempo para comer. 32 Foram, pois, no barco, para um lugar isolado, sem mais ninguém. 33 Ao vê-los afastar, muitos perceberam para onde iam; e de todas as cidades acorreram, a pé, àquele lugar, e chegaram primeiro que eles. 34 Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas.

Comentários:

A solicitude do Senhor pelos que O seguem e sobretudo os que trabalham para a expansão do Reino de Deus fica aqui bem patente.

É verdade, o trabalho apostólico intenso e dedicado cansa porque exige esforço e entrega.

O descanso é pois merecido e necessário para recuperar forças e ânimo necessários para que seja contínuo e eficaz.


(AMA, comentário sobre Mc 6, 30-34, 19.07.2015)


Leitura espiritual

RESUMOS DA FÉ CRISTÃ


TEMA 2. A revelação

3. A Revelação como história da salvação culminada em Cristo

Como diálogo entre Deus e os homens, através do qual Ele os convida a participar na sua vida pessoal, a Revelação manifesta-se, desde o início, com um carácter de “aliança” que dá origem a uma “história da salvação”.
«Decidindo abrir o caminho da salvação sobrenatural, manifestou-se a Si mesmo, desde o princípio, aos nossos primeiros pais.
Depois da sua queda, com a promessa de redenção, deu-lhes a esperança da salvação, e cuidou continuamente do género humano, para dar a vida eterna a todos aqueles que, perseverando na prática das boas obras, procuram a salvação.
No devido tempo chamou Abraão, para fazer dele pai dum grande povo, povo que, depois dos patriarcas, ele instruiu, por meio de Moisés e dos profetas, para que o reconhecessem como único Deus vivo e verdadeiro, pai providente e juiz justo, e para que esperassem o Salvador prometido; assim preparou Deus através dos tempos o caminho ao Evangelho» [i].

Iniciada já com a criação dos nossos primeiros pais e a elevação à vida da graça, que lhes permitia participar da intimidade divina e depois prefigurada no pacto cósmico com Noé, a aliança de Deus com o homem revela-se de modo explícito com Abraão e depois, de maneira particular, com Moisés, a quem Deus entrega as Tábuas da Aliança.
Quer a numerosa descendência prometida a Abraão, na qual seriam abençoadas todas as nações da terra, quer a lei entregue a Moisés, com os sacrifícios e o sacerdócio que acompanham o culto divino, são preparações e figura da nova e eterna aliança selada em Jesus Cristo, Filho de Deus, realizada e revelada na Sua Encarnação e no Seu sacrifício pascal.

A aliança em Cristo redime do pecado dos primeiros pais, que quebraram com a sua desobediência a primeira oferta de aliança por parte de Deus criador.
A história da salvação manifesta-se como uma grandiosa pedagogia divina que aponta para Cristo.
Os profetas, cuja função era recordar a aliança e as suas exigências morais, falam especialmente d’Ele, o Messias prometido.
Eles anunciam a economia de uma nova aliança, espiritual e eterna, escrita nos corações; será Cristo quem a revelará com as Bem-aventuranças e os ensinamentos do Evangelho, promulgando o mandamento da caridade, realização e cumprimento de toda a Lei.

Jesus Cristo é, simultaneamente, mediador e plenitude da Revelação; Ele é o Revelador, a Revelação e o conteúdo da mesma, enquanto Verbo de Deus feito carne:
«Deus, tendo falado outrora muitas vezes e de muitos modos aos nossos pais pelos profetas, nestes dias que são os últimos, falou-nos por meio de Seu Filho, a Quem constituiu herdeiro de tudo, por Quem criou o mundo» [ii].

Deus, no Seu Verbo, disse tudo e de modo concludente:
«A economia cristã, portanto, como aliança nova e definitiva, nunca cessará e não há que esperar já nenhuma revelação pública antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo» [iii], [iv].

De modo particular, a realização e plenitude da Revelação divina manifestam-se no mistério pascal de Jesus Cristo, ou seja, na Sua paixão, morte e ressurreição, como Palavra definitiva na qual Deus manifestou a totalidade do Seu amor de condescendência e renovou o mundo.
Somente em Jesus Cristo, Deus revela o homem a si próprio e fá-lo compreender o grau da sua dignidade e altíssima vocação [v].

A fé enquanto virtude é a resposta do homem à revelação divina, uma adesão pessoal a Deus em Cristo, motivada pelas Suas palavras e pelas obras que Ele realiza.

A credibilidade da revelação apoia-se sobretudo na credibilidade da pessoa de Jesus Cristo, em toda a Sua vida.

A Sua posição de mediador, plenitude e fundamento da credibilidade da Revelação, diferenciam a pessoa de Jesus Cristo de qualquer outro fundador de uma religião que não solicita dos seus seguidores que tenham fé nele, nem pretende ser a plenitude e realização do que Deus quer revelar, mas que somente se propõe como mediador para fazer com que os homens conheçam tal revelação.

4. A transmissão da Revelação divina

A Revelação divina está contida nas Sagradas Escrituras e na Tradição, que constituem um único depósito onde se guarda a palavra de Deus [vi].

São interdependentes entre si:
a Tradição transmite e interpreta a Escritura e esta, por sua vez, verifica e confirma quanto se vive na Tradição [vii], [viii].

A Tradição, fundada na pregação apostólica, testemunha e transmite de modo vivo e dinâmico quanto a Escritura recolheu através de um texto fixado.

«Esta Tradição apostólica progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo.

Com efeito, progride a percepção tanto das coisas como das palavras transmitidas, quer mercê da contemplação e estudo dos crentes, que as meditam no seu coração, quer mercê da íntima inteligência que experimentam das coisas espirituais, quer mercê da pregação daqueles que, com a sucessão do episcopado, receberam o carisma da verdade» [ix].

Os ensinamentos do Magistério da Igreja e dos Padres da Igreja, a oração da Liturgia, o sentir comum dos fiéis que vivem em graça de Deus, e também realidades quotidianas como a educação na fé transmitida pelos pais aos filhos ou o apostolado cristão, contribuem para a transmissão da Revelação divina.

De facto, o que foi recebido pelos apóstolos e transmitido aos seus sucessores, os Bispos, compreende «tudo o necessário para que o Povo de Deus viva santamente e aumente a sua fé e desta forma a Igreja, na sua doutrina, na sua vida e no seu culto perpetue e transmite a todas as gerações tudo o que ela é, tudo o que crê» [x].

A grande Tradição apostólica deve distinguir-se das diversas tradições, teológicas, litúrgicas, disciplinares, etc. cujo valor pode ser limitado e, inclusive, provisório, [xi].

A realidade conjunta da Revelação divina, como verdade e como vida, implica que o objecto da transmissão não seja somente um ensinamento, mas também um estilo de vida: doutrina e exemplo são inseparáveis.
O que se transmite é, efectivamente, uma experiência viva, a do encontro com Cristo ressuscitado e o que este evento significou e continua a significar para a vida de cada um.

Por este motivo, ao falar da transmissão da Revelação, a Igreja fala de fides et mores, fé e costumes, doutrina e conduta.


José Manuel Martín (Ed), Gabinete de informação do Opus Dei, 2016





[i] Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 3.
[ii] Hb 1,1-2
[iii] Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 4.
[iv] cf. Catecismo, 65-66
[v] Cf. Concílio Vaticano II, Const. Gaudium et Spes, 22.
[vi] «Permiti-me esta insistência maçadora, as verdades de fé e de moral não se determinam por maioria de votos: compõem o depósito – depositum fidei – entregue por Cristo a todos os fiéis e confiado, na sua exposição e ensino autorizado, ao Magistério da Igreja», São Josemaria, Homilia “O fim sobrenatural da Igreja”, em Amar a Igreja, 15.
[vii] Cf. Concílio Vaticano II , Const. Dei Verbum, 9.
[viii] cf. Catecismo, 80-82
[ix] Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 8.
[x] Ibidem. Cf. Concílio de Trento, Decr. Sacrosancta, 8-IV-1546, DS 1501.
[xi] cf. Catecismo, 83

Devoción a la Virgen


La Virgen María y el Rosario: las dos armas con las que padre Mourad sobrevivió al cautiverio de Estado Islámico

Hoy el reto del amor es que vivas el domingo.

HOY NO ES UN DÍA CUALQUIERA


Ayer oí por primera vez este comentario en el monasterio:

-Me cuesta que mañana sea domingo...- y es que, nunca pensamos en si llega el lunes, el finde... o el famoso "jueves"; cada día pedimos al Señor que nos sorprenda, nos dejamos sorprender y siempre lo hace.

Pero el día de ayer lo necesitábamos. Después de estas semanas de trabajo con el libro del perdón, pudimos parar y pasamos un día diferente, todas en la huerta preparando el invernadero y limpiando las máquinas para que todo esté listo para la primavera.

Por la tarde dedicamos un rato a la formación y después nos fuimos a dar un paseo. 

Toda la actividad se paró, pasamos un día diferente. Un día de disfrutar en comunidad, de compartir juntas al Señor y encontrarnos en Él.

A veces pensamos que parar supone mirarse a uno mismo, no dedicarte a lo que te tienes que dedicar y, sin embargo, reconstruye y construye. Hoy es domingo, no es un día para ir a la deriva esperando al "temido lunes".

El Señor te regala este día para que acabes diciendo "me cuesta que mañana sea lunes, porque lo he vivido en plenitud, porque se lo he dedicado al Señor y a aquellos que Él me ha puesto cerca".

Hoy el reto del amor es que vivas el domingo. Hoy no es un día cualquiera, con Cristo ningún día es un día cualquiera.

Vive en plenitud,


VIVE DE CRISTO 

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?