10/03/2018

Renova a alegria de lutar

Em certos momentos angustia-te um princípio de desânimo, que mata todo o teu entusiasmo, e que mal consegues vencer à força de actos de esperança. Não importa; é a melhor hora de pedir mais graça a Deus, e avante! Renova a alegria de lutar, ainda que percas uma escaramuça. (Sulco, 77)


Com monótona cadência sai da boca de muitos o ritornello já tão vulgar, de que a esperança é a última coisa que se perde; como se a esperança fosse um apoio para continuarmos a deambular sem complicações, sem inquietações de consciência; ou como se fosse um expediente que permite adiar sine die a oportuna rectificação do procedimento, a luta para alcançar metas nobres e, sobretudo, o fim supremo de nos unirmos com Deus.



Eu diria que esse é o caminho para confundir a esperança com a comodidade. No fundo, não há ânsias de conseguir um verdadeiro bem, nem espiritual, nem material legítimo; a mais alta pretensão de alguns reduz-se a evitar o que poderia alterar a tranquilidade – aparente – de uma existência medíocre. Com uma alma tímida, acanhada, preguiçosa, a criatura enche-se de egoísmos subtis e conforma-se com o facto de os dias, os anos decorrerem sine spe nec metu, sem aspirações que exijam esforço, sem os perigos da peleja: o que importa é evitar o risco do desaire e das lágrimas. Que longe se está de obter uma coisa, se se malogrou o desejo de a possuir, por temor das exigências que a sua conquista comporta! (Amigos de Deus, n. 207)

Temas para meditar e reflectir

Doença


Todos nós sabemos como Jesus se apresentava ao homem na sua integridade, para o purificar completamente, no corpo, na psique e no espírito.

Com efeito, a pessoa humana é um único ser, e as várias dimensões podem e devem distinguir-se, mas são inseparáveis.



(BENTO XVI, Disc. no Dia mundial do doente, 2006.02.11)




Evangelho e comentário

Tempo de Quaresma

Evangelho: Lc 18, 9-14

9 Disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais: 10 «Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos. 11 O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: ‘Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos. 12 Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.’ 13 O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.’ 14 Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»

Comentários:

O respeito devido a Deus também se manifesta nas atitudes que tomamos.

Já o dissemos várias vezes: ajoelhar-se em frente do Sacrário ou durante os principais momentos da Santa Missa, como por exemplo durante a Consagração, é a atitude correcta a observar, não só por o ser, mas também pelo exemplo a que se dá aos outros.

A Santa Missa não é nem um acto qualquer ou cerimónia nem mais uma "obrigação" que cumprimos, é o maior e mais completo acto de louvor e acção de graças que prestamos a Deus por isso todas as nossas atitudes têm de reflectir estes sentimentos.


(AMA, comentário sobre Lc 18, 9-14, 05.03.2016) 


Leitura espiritual

RESUMOS DA FÉ CRISTÃ

TEMA 18 O Baptismo e a Confirmação

O Baptismo outorga ao cristão a justificação. Com a Confirmação completa-se o património baptismal com os dons sobrenaturais da maturidade cristã.


Baptismo 1. Fundamentos bíblicos e instituição

De entre as numerosas prefigurações veterotestamentárias do Baptismo, destaca-se o dilúvio universal, a travessia do Mar Vermelho e a circuncisão, visto se encontrarem explicitamente mencionadas no Novo Testamento ao aludirem a este sacramento (cf. 1 Pe 3, 20-21; 1 Cor 10, 1; Cl 2, 11-12).
Com S. João Baptista, o rito da água, ainda sem eficácia salvadora, une-se à preparação doutrinal, à conversão e ao desejo da graça, pilares do futuro catecumenato.
Jesus é baptizado nas águas do rio Jordão no início do Seu ministério público (cf. Mt 3, 13-17), não por necessidade, mas por solidariedade redentora.
Nessa ocasião fica definitivamente indicada a água como elemento material do signo sacramental.
Além disso, abrem-se os céus, desce o Espírito Santo em forma de pomba e ouve-se a voz de Deus Pai que confirma a filiação divina de Cristo: acontecimentos que revelam nos primórdios da futura Igreja o que depois se realizará sacramentalmente nos seus membros.
Depois disso, teve lugar o encontro com Nicodemos, durante o qual Jesus afirma o vínculo pneumatológico que existe entre a água baptismal e a salvação, daí a sua necessidade: «quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3, 5).

O mistério pascal confere ao baptismo o seu valor salvífico.
Jesus, com efeito, «já tinha falado da sua paixão, que ia sofrer em Jerusalém, como dum “baptismo” com que devia ser baptizado (Mc 10, 38; cf. Lc 12, 50).
O sangue e a água que manaram do lado aberto de Jesus crucificado (cfr. Jo 19, 34) são tipos do Baptismo e da Eucaristia, sacramentos da vida nova» (Catecismo, 1225).
Antes de subir aos céus, o Senhor disse aos Apóstolos:
«Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado» (Mt 28, 19-20).

Este mandato é seguido fielmente a partir do Pentecostes e marca o sentido primordial da evangelização, que continua a ser actual. Comentando estes textos, disse S. Tomás de Aquino que a instituição do Baptismo foi múltipla: no que se refere à matéria, no Baptismo de João; a sua necessidade foi afirmada em Jo 3, 5; o seu começou quando Jesus enviou os seus discípulos a pregar e a baptizar; a sua eficácia provém da Paixão; a sua difusão foi imposta em Mt 28, 19 [1].

2. A justificação e os efeitos do Baptismo

Lê-se na Epístola aos Romanos (Rm 6, 3-4):
«Ou ignorais que todos nós, que fomos baptizados em Cristo Jesus, fomos baptizados na sua morte? Pelo Baptismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova».
O Baptismo, que reproduz no fiel a passagem de Jesus Cristo pela Terra e a sua acção salvadora, outorga ao cristão a justificação.
Para isto mesmo aponta Cl 2, 12: «Sepultados com Ele no Baptismo, foi também com Ele que fostes ressuscitados, pela fé que tendes no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos».
Acrescente-se agora a incidência da fé que, com o rito da água, nos «revestimos de Cristo», como afirma Gl 3, 26-27: «É que todos vós sois filhos de Deus em Cristo Jesus, mediante a fé; pois todos os que fostes baptizados em Cristo, revestistes-vos de Cristo mediante a fé».
Esta realidade de justificação pelo Baptismo traduz-se em efeitos concretos na alma do cristão, que a teologia apresenta como efeitos curativos e santificantes.
Os primeiros referem-se ao perdão dos pecados, como sublinha a pregação petrina:
«Pedro respondeu-lhes: “Convertei-vos e peça cada um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo”» (Act 2, 38).

Isto inclui o pecado original e, nos adultos, todos os pecados pessoais. Ocorre também a remissão da totalidade da pena temporal e eterna.
No entanto, permanecem no baptizado «certas consequências temporais do pecado, como os sofrimentos, a doença, a morte, ou as fragilidades inerentes à vida, como as fraquezas de carácter, etc., assim como uma inclinação para o pecado a que a Tradição chama concupiscência ou, metaforicamente, a “isca” ou “aguilhão” do pecado (“fomes peccati”)» (Catecismo, 1264).
O aspecto santificante consiste na efusão do Espírito Santo; com efeito, «num só Espírito, fomos todos baptizados» (1 Cor 12, 13).
Porque se trata do próprio «Espírito de Cristo» (Rm 8, 9), recebemos «um Espírito que faz de vós filhos adoptivos» (Rm 8, 15), como filhos no Filho.
Deus concede ao baptizado a graça santificante, as virtudes teologais e morais e os dons do Espírito Santo.
Com esta realidade de graça «o Baptismo marca o cristão com um selo espiritual indelével («charactere») da sua pertença a Cristo.
Esta marca não é apagada por nenhum pecado, embora o pecado impeça o Baptismo de produzir frutos de salvação» (Catecismo, 1272).
Como fomos baptizados num só Espírito «para formar um só corpo» (1 Cor 12, 13), a incorporação em Cristo é contemporaneamente incorporação na Igreja, e nela ficamos vinculados com todos os cristãos, também com aqueles que não estão em comunhão plena com a Igreja Católica.
Finalmente, recordemos que os baptizados são «linhagem escolhida, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido em propriedade, a fim de proclamarem as maravilhas daquele que os chamou das trevas para a sua luz admirável» (1 Pe 2, 9): participam do sacerdócio comum dos fiéis, «”devem confessar diante dos homens a fé que de Deus receberam por meio da Igreja” (LG 11 ) e participar na actividade apostólica e missionária do povo de Deus»(Catecismo, 1270).

3. Necessidade

A catequese neotestamentária afirma categoricamente de Cristo que «não há no Céu outro nome dado aos homens pelo qual sejamos salvos».
E visto que ser «baptizados em Cristo» equivale a ser «revestido de Cristo» (Gl 3, 27), devem entender-se com toda a sua força aquelas palavras de Jesus segundo as quais «quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado» (Mc 16, 16). Daqui deriva a fé da Igreja sobre a necessidade do Baptismo para a salvação.

Deve-se entender esta última afirmação segundo a cuidadosa formulação do Magistério: «O Baptismo é necessário para a salvação de todos aqueles a quem o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento (cf. Mc 16, 16).
A Igreja não conhece outro meio a não ser o Baptismo para garantir a entrada na bem-aventurança eterna.
Por isso, tem cuidado em não negligenciar a missão que recebeu do Senhor de fazer “renascer da água e do Espírito” todos os que podem ser baptizados.
Deus ligou a salvação ao sacramento do Baptismo; mas Ele próprio não está prisioneiro dos seus sacramentos» (Catecismo, 1257).
Com efeito, existem situações especiais nas quais os principais frutos do Baptismo se podem adquirir sem a mediação sacramental.
Mas precisamente porque não há signo sacramental, não existe a certeza da graça conferida.
O que a tradição eclesial chamou Baptismo de sangue e Baptismo de desejo não são «actos recebidos», mas um conjunto de circunstâncias que concorrem num sujeito, determinando as condições para que se possa falar de salvação.
Entende-se assim «a firme convicção de que aqueles que sofrem a morte por causa da fé, sem terem recebido o Baptismo, são baptizados pela sua morte por Cristo e com Cristo» (Catecismo, 1258).
De modo análogo, a Igreja afirma que «todo o homem que, na ignorância do Evangelho de Cristo e da sua Igreja, procura a verdade e faz a vontade de Deus conforme o conhecimento que dela tem, pode salvar-se. Podemos supor que tais pessoas teriam desejado explicitamente o Baptismo se dele tivessem conhecido a necessidade» (Catecismo, 1260).
As situações de Baptismo de sangue e de desejo não incluem as crianças mortas sem Baptismo.
A essas, «a Igreja não pode senão confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito do respectivo funeral.
De facto, a grande misericórdia de Deus, “que quer que todos os homens se salvem” (1 Tm 2, 4) (...) permite-nos esperar que haja um caminho de salvação para as crianças que morrem sem Baptismo» (cf. Catecismo, 1261).

(cont)


Doutrina – 408

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO

CREIO NA SANTA IGREJA CATÓLICA

Os fiéis: hierarquia, leigos, vida consagrada

186. Como é que os Bispos exercem o ministério de santificar?



Os Bispos santificam a Igreja dispensando a graça de Cristo, mediante o ministério da palavra e dos sacramentos, em particular da Eucaristia, e também com a oração e o seu exemplo e trabalho.

Hoy el reto del Amor es buscarte en la Pasión del Señor.

UNA A UNA

Hace unos días comenzamos a poner los primeros cultivos. Los sacamos de los semilleros y los plantamos formando unas hileras con todo tipo de verduras: tomates, pimientos, lechugas, berenjenas...

Junto a cada hilera, formamos un surco para dejar correr el agua y que así recorriera el cultivo a modo de canal y fuera regando todo. Pero, al regar, nos dimos cuenta de que, como las plantas son aún muy pequeñitas, el surco del agua les quedaba demasiado lejos, y no alcanzaban para poder alimentarse.

Así que a la mañana siguiente fui derecha a coger una pequeña regadera y fui regando las plantitas una a una para que pudieran eran estar bien nutridas.

La verdad es que me llevó mucho tiempo hacerlo de esta forma, pero, según iba haciéndolo, el Señor me fue enseñando que esto mismo hizo Él en su Pasión.

Lety estos días nos está explicando el viacrucis, mostrándonos que la única manera que tenemos de vivirlo nosotros es dejando que Jesús muera y resucite en aquello nuestro que más lo estemos necesitando: que no podemos mirar la Pasión de lejos.

Su Pasión es un torrente de agua Viva que quiere llenar de vida a todos, pero, además de eso, en su Pasión te busca a ti y a mí personalmente, para poder morir y resucitar con aquello que creemos que es nuestro y que nos cuesta soltar. Así lo vemos en el evangelio, cuando, con una mirada, Pedro sintió que Jesús tocaba su corazón con inmensa misericordia; o el cirineo, ¿qué tuvo que experimentar al estar con Jesús para que desde entonces su vida y la de los suyos girara en torno a Cristo? O la inquietud que vivió Pilato, porque en el fondo vislumbraba la verdad...

Sólo tenemos que mirar las estaciones y volver a descubrir cómo en cada una de ellas se encuentra con una persona o con una realidad como la tuya y la mía: cada una de las caídas, el juicio... en su Pasión, Muerte y Resurrecion nos salvó a todos, pero, para que esto lo podamos acoger, necesitamos experimentar en nuestra propia vida que realmente Él se preocupa por lo nuestro, y que por ello muere y resucita.

Hoy el reto del Amor es buscarte en la Pasión del Señor. Cristo murió por nosotros para que resucitemos con Él; asómate a su Pasión y descubre cómo lo mismo que vives tú está reflejado en una de las personas con las que Jesús se encuentra.


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?